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Sinais de abu.so sexual contra crianças e adolescentes

  • Foto do escritor: Tainara Vasconcellos
    Tainara Vasconcellos
  • 27 de mar.
  • 3 min de leitura

Crianças e adolescentes, vítimas de abuso, tendem a mudar o comportamento como um pedido de socorro silenciado. Elas podem ficar mais bravas, desatentas e sexualizadas, ou, até mesmo, mais infantilizadas.


Aqui estão alguns comportamentos que merecem ser avaliados e, se persistirem, devem ser investigados por um profissional. Observe seu filho! Crianças sempre comunicam os abusos, mas a maioria das vezes fazem isso sem o uso de palavras.


Alguns dos comportamentos são:


1- Mudança de comportamento

Geralmente, ocorre de forma repentina e brusca. Pode ser relacionado ao comportamento geral ou a uma pessoa específica.


A criança ou adolescente passa a agir de uma forma bastante diferente do seu habitual.


Se dormia bem, passa a ter medo de escuro  ou ter insônia. Se ia bem na escola, passa a ter uma queda brusca de rendimento e problemas com concentração. Passa a negar atividades que gostava de fazer ou resiste a visitar ou cumprimentar determinadas pessoas. Não quer mais contato físico e passa a desconfiar das pessoas. Come de mais ou de menos, etc.



2- Regressão


A criança ou adolescente regride em comportamentos já avançados ou chora de forma, aparentemente, imotivada. 


Por exemplo:

Se já tinha passado pelo desfralde, volta a fazer xixi na cama, passa a ter comportamentos mais infantilizados do que a idade SEM motivo (ou seja, sem a chegada de um irmão, divórcio dos pais, etc), volta a chupar dedo, quer dormir com os pais, começa a fazer voz de bebê. Para de se relacionar com os amigos e afins.



3- Agressividade ou mudanças de humor 


Há mudança no padrão de humor.


A criança ou adolescente pode se tornar agressivo e ríspido de forma repentina. Atacar os pais e/ou irmãos, jogar objetos, gritar e xingar com pessoas próximas, bater em colegas de escola são sinais que mostram um descompasso emocional grande, assim como o choro excessivo.


Também há a possibilidade de se tornar uma criança ou adolescente excessivamente tímido, retraído, que vive pelos cantos e com dificuldade de interação.



4- Comportamento sexualizado


De repente, a criança e o adolescente apresentam comportamentos sexualizados: conversas, interesses e iniciativa de brincadeiras de cunho sexual. Podem falar palavras ou detalhes de relações sexuais, bem como fazer desenhos com elementos eróticos. Repare nas coisas que nunca foram ditas entre vocês ou comportamentos desviantes da criança que sejam incompatíveis com a descoberta da própria sexualidade de acordo com a faixa etária.


Não é "safadeza"! É a forma de lidar com o abuso. Muitos ignoram que meninas e meninos adolescentes foram ou estão sendo abusadas devido ao comportamento hipersexualizado precoce. Na realidade, o comportamento é um pedido de socorro, onde a vítima assume aquele personagem como forma de obter algum controle frente aos abusos.



5 - Doenças psicossomáticas sem motivo aparente


As vítimas tendem a apresentar doenças psicossomáticas como uma forma do corpo clamar por socorro. 

Por não relatarem os abusos ou serem desacreditadas, ele reage devido a sobrecarga emocional.


Casos de depressão, síndrome do pânico e ansiedade são comuns em vítimas de abuso e os quadros pioram quando o abusador se aproxima. Gagueira e silêncio predominante também podem ser vistos.


Além disso, sintomas físicos também ocorrem como dores de cabeça constante, vômitos, diarreia, feridas na pele, dores na ponta da barriga, quedas de cabelo, suadouro por exemplo.



6- Traumas físicos

Traumas, geralmente, são indicadores certeiros de violência. Crianças e adolescentes que apresentam roxos e vermelhidões nas regiões privadas e íntimas, além de chupões no pescoço e mordidas são vítimas de abusadores.


A criança pode apanhar do abusador ou ficar com marcas decorrentes do contato infligido pelo abusador.


Além disso, a vítima pode se auto-machucar como forma de descontar em si mesmo a raiva que está sentindo, como uma forma de punição.


Logo, todo trauma físico não justificado, deve ser rigorosamente investigado.



7 - Proximidade excessiva com o abusador


Crianças e adolescentes podem ser aliciadas pelo abusador. Este que, geralmente, faz parte do convívio familiar, é uma pessoa de confiança e, em muitos casos, pode se apresentar como boa pessoa para a vítima, como alguém que a escuta, valoriza, se importa, brinca com ela e a faz bem.


Assim, tanto a própria vítima pode ir até o encontro do abusador esperando essa validação emocional (ela NÃO tem culpa ou responsabilidade pelo abuso), como ele pode forçar a situação e sempre estar perto dela através da "boa" relação ou pela coação. 


É importante saber que o ADULTO manipula a criança e o adolescente e pode, inclusive, fazer um tipo de abuso que não seja violento ou dolorido. Muitas vítimas NEM sabem que isso é abuso.


Alguns dos sinais apresentados, vistos de forma isolada, podem ser apenas aspectos de mudança natural na vida da criança. Por isso, importante observar o padrão SEM descartar a possibilidade de abuso (geralmente, isso não é nem considerado).


Se perceber algum comportamento citado na sua criança ou adolescente, busque um profissional adequado. Se tiver suspeita de um abusador, disque 100.Sinais de abu.so sexual contra crianças e adolescentes

 
 
 

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