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P0rnograf!a Infantil: Recuse a clicar

  • Foto do escritor: Tainara Vasconcellos
    Tainara Vasconcellos
  • 27 de mar.
  • 4 min de leitura

O Brasil é um dos líderes mundiais em exportação de pornografia infantil. 


De acordo com um relatório da Norton Cyber Security, em 2017, o Brasil se tornou o segundo país com o maior número de casos de crimes cibernéticos, onde o principal crime denunciado foi o de pornografia infantil.


Um vídeo de uma criança abusada pode custar entre mil a 2 mil reais. Se for bebê sobe para 50 mil reais. O comércio da imagem de abusos tem movimentado esse mercado.


Vídeos desse tipo correm livremente em sites pornográficos, na darkweb, deepweb e agora no onlyfans (onde adolescentes tem vendido nudes).


A  naturalização da pedofilia e do estupro é real. No Brasil, o termo mais buscado em sites de pornografia é "NOVINHA", seguido de termos alusivos a práticas incestuosas e vídeos pornôs onde mulheres adultas simulam que são crianças ou adolescentes.



O QUE É CONSIDERADO PORNOGRAFIA INFANTIL?


Oferecer, trocar, transmitir, vender, distribuir, publicar, por qualquer meio fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente, assim como adquirir, possuir ou armazenar conteúdo desta natureza constitui crime de pornografia infantil.

*artigos 218-C do Código Penal e 240 e seguintes do Estatuto da Criança e do Adolescentes. 


A simulação ou montagem relativa a participação de criança e adolescente em cena de sexo explícito ou a exibição de seus órgãos genitais para fins sexuais, igualmente, constitui crime, ainda que a simulação seja “imperceptível”.


O tipo penal tem o escopo de, inclusive, atingir aquele que recebe a pornografia infantil, ou seja, aquele que, seja da forma que for, obtém, guarda e/ou mantém armazenado material envolvendo criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfico.


ATENÇÃO


Parte dos conteúdos encontrados em sites e páginas com conteúdo pedofílico são de fotos postadas pelas próprias famílias das crianças nas redes sociais, onde as mesmas aparecem com poses ou roupas consideradas sugestivas para os pedófilos/abusadores. Ex: fotos dançando, de biquínis, tomando banho, etc...

A orientação é evitar a postagem de fotos de crianças em situações íntimas, de uniforme ou contando seus gostos ou rotinas.

É possível se precaver respeitando a faixa etária das redes sociais ou, pelo menos, privando o perfil das crianças. 


HÁ UM PERFIL PARA A VÍTIMA?


Em média 70% meninas e 30% meninos, apesar de muitas vítimas não conseguirem perceber a gravidade da situação.

A pobreza alimenta a pornografia infantil, com aliciadores que exploram a condição das vítimas em troca de dinheiro e comida.


HÁ UM PERFIL DE ABUSADOR?


Aparentemente são pessoas absolutamente “comuns”, que não levantam qualquer suspeita. Pesquisas e denúncias indicam os homens como sendo a maioria, mas há também mulheres.


São pacientes, sedutores, estratégicos e se fazem passar por artistas, jogadores, líderes religiosos, técnicos de futebol, agenciadores de modelos, caça talentos e por aí vai. Além da enorme quantidade dos que produzem o conteúdo dentro da própria casa com filhos e parentes e divulgam online.


Se valem de canais de comunicação acessíveis, tais como: redes sociais, salas de bate papo, chats de games, grupos de WhatsApp, entre outros. Daí a importância de se respeitar a classificação indicativa, tanto para acesso às mídias como para utilizar os próprios comunicadores.


HÁ UM PERFIL PARA O CONSUMIDOR?

Apesar de dizerem que não há um perfil específico para consumidores de pornografia infantil na internet, um estudo divulgado pelo Ipea mostra que homens de classe A e B são os maiores consumidores de conteúdo digital no Brasil.

Além disso, em pesquisas da Universidade Estadual de Cleveland observou-se que o perfil de pornógrafos infantis é tipicamente um homem branco, variando em status socioeconômico e principalmente conectado a forças oficiais, como policiais, bombeiros e funcionários públicos.

 


Apesar de tentarem fazer distinção, NÃO há grande diferença entre a pessoa que “só” consome pornografia infantil para a pessoa que, literalmente, abusa de uma criança. Pois para que uma pessoa consuma pornografia infantil, alguém precisa aliciar essa criança e outra precisa abusar dela. Ou seja, são pilares da mesma estrutura; e se retroalimentam.  


ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA

1) Jorge Riguette, militar de reserva e analista de tecnologia da informação, estava na  lista do FBI dos 100 maiores distribuidores de pornografia infantil do mundo. O homem de 67 anos na época da prisão (2019), conservador, que se dizia contra o “kit gay”, tinha mais de 700 mil vídeos de fotos de bebês e crianças sexualmente violadas.

2) Christoph Tobias Metzelder (40 anos) é ex-jogador de futebol (zagueiro que jogou na final da copa de 2002), treinador e ganhou a medalha de maior relevância da Alemanha: a Ordem do Mérito da República, dada pelo engajamento social com ações contra a pobreza infantil. Apesar disso, ele foi condenado por  compartilhado 297  arquivos de pornografia infantil.




Pornografia infantil não é sexo, é cena de crime! Quem consome é cúmplice dessa estrutura. 
Pornografia infantil não é sexo, é cena de crime! Quem consome é cúmplice dessa estrutura. 

Para quem "só" assiste: Ter tesão em estupro de criança  ou cenas que simulem isso, não é uma parafilia, nem um desvio sexual e não te traz sofrimento. 


Quem abusa de criança ou gosta de ver isso NÃO tem transtorno mental, só se sente no direito. 


Devemos parar de dar o benefício da dúvida a quem perpetra o horror contra crianças e adolescentes.


Independente do que a pedofilia é ou deixa de ser, precisamos entender que diariamente são feitas VÍTIMAS: meninas e meninos, e precisamos falar sobre os danos que isso causa em suas vidas


Precisamos dar voz aos sobreviventes!



 
 
 

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